sexta-feira, 20 de setembro de 2024

Carta - 01

Oi Amor!

Tudo bem?


Queria te contar uma coisa. 

Ontem eu estava organizando meus livros e encontrei um que ganhei há uns 15 anos atrás. É um livro de poemas de vários escritores e folheando, me deparei com um que gostei muito de um escritor inglês que se chama John Donne. O poema fala, de maneira delicada, de despedida. Despedida temporária. Por algum motivo, não poderiam se ver durante algum tempo. Eu o li em inglês, mas é mais ou menos isso:


"Nos dissolvamos sem fazer ruídos,

Sem tempestades de ais,

Sem rios de pranto."


Algumas vezes, no passado, eu lia este mesmo poema pensando que foram ausências não consentidas. Assim como a sua. 

Hoje eu não chorei. "Sem rios de pranto" como tão delicadamente escreveu o poeta. Senti. Mas, não chorei. 

Perguntei-me em voz alta se ainda pensa em mim. 




Eu já...

... corri de boi bravo. ... fui embora querendo ficar. ... deixei de fazer coisas por medo de perigo que só existia na minha cabeça. ... vol...