Merry Christmas Keanu Reeves!
quarta-feira, 24 de dezembro de 2014
segunda-feira, 22 de dezembro de 2014
Dying slowly
And, one more time, she is
in front of the white paper and doesn´t get to fight with her demons. They are
winning a lot lately. They laugh. They dance. They drink on their own party.
They used celebrate her less of brave. They used celebrate the victory that
make her JUST live. One day after the day. She breaths(suspires) in an attempts
to find out forces to give one more step. To live(survive) one more day. And
then another one. Until, in a beautiful and sunny day, everything is over.
I feel I die faster in
these days that insist being ever the same.
sexta-feira, 19 de dezembro de 2014
Morre lentamente
Ela de novo em frente à folha em branco sem conseguir se
confrontar com seus demônios. Eles estão vencendo muito ultimamente. Riem-se. Dançam.
Bebem. Festejam a falta de coragem. Festejam a vitória de fazer com ela SÓ
exista. Um dia após o outro. Ela res(sus)pira fundo como se fosse pegar fôlego
para dar mais um passo. Mais um dia. SÓ mais um dia. E depois outro. E um dia
tudo se acaba.
Sinto que morro mais rápido nestes dias que insistem em ser
sempre iguais.
segunda-feira, 15 de dezembro de 2014
A irmã e o macacão mais lindo do mundo
Na quinta-feira, a irmã comprou o
macacão mais lindo que existe em uma loja perto do trabalho dela. Estampado.
Todo colorido. A cor predominante era o amarelo e as estampas lembravam
desenhos tribais africanos. Lindo! Na hora de ir embora, não mostrou para sua
irmã, mas na sexta-feira, já estava vestida com ele.
Sexta-feira era o dia da festa de
final de ano da empresa da sua irmã. Ela separou um vestido preto longuete com
detalhes de arabescos na mesma cor e tom do tecido. Lindo! Mas, na sexta-feira
ela não queria o preto. Ela queria todas as cores do mundo. Ela queria o
macacão.
Sua irmã desceu até o bairro
vizinho para almoçar com a irmã. Depois combinaram de ir até à loja do macacão
porque compraria uma macacão para vestir na festa à noite. A irmã desceu antes
e antes avisou à colega de trabalho: “Se eu voltar com outra roupa, não
estranhe. É uma longa história.” E riu. Muito.
O plano era, se a sua irmã não
encontrasse o macacão, elas trocariam de roupa. Sua irmã iria de macacão para a
festa e a irmã voltaria com outra roupa para o escritório.
Que necessidade havia nisso?
Nenhuma.
As duas na loja de roupa em busca
do macacão mais lindo do mundo e a vendedora que as atende diz que tem só mais
um e que ele está no provador com uma outra cliente.
Ficaram as duas perto do
provador. Aliás, somente sua irmã, porque já que a irmã estava vestida com o
macacão, isso poderia influenciar a decisão da outra que, no momento, estava
experimentando o outro.
A cliente, então, sai do provador
com o macacão mais lindo do mundo e em dúvida se ficou bom ou não, se leva ou
não. Então ela pergunta para a sua irmã, a que está ao lado do provador, se
ficou bom. Sua irmã responde que ficou (sim, ela não tem muito potencial para
não ser sincera), mas que se ela, a cliente, está em dúvida que não o leve. Que
não fique com ele. Ela ficou. E levou. Vaca.
A irmã ainda insistiu muito para
que trocarem de roupa. Que ela realmente não se importaria. Mas, sua irmã foi
bem firme na decisão: Não! Não faria isso. Se arrependeria depois? Obvio que
sim.
As duas irmãs ainda desoladas na
loja, tentaram encontrar uma solução: um vestido, uma blusa ou um outro macacão
mais lindo do mundo, para que não houvesse necessidade de trocar de roupa no
meio do horário de almoço.
Com muito custo, sua irmã
encontrou uma blusa que lhe agradou e poderia usar coma calça que estava
naquele dia e assim, voltou para o trabalho e à noite foi para a festa da
empresa com a blusa nova. Dançou muito. Aproveitou a festa e a companhia dos
colegas de trabalho.
Sua irmã esqueceu-se do macacão
mais lindo do mundo.
Sua irmã só se lembrava da irmã
mais fofa, amada, bem resolvida, desprendida, com um amor maior que tudo a
ponto de ter a intenção de voltar à empresa com uma calça dois tamanhos menores
e uma blusa estilo baby look que ficaria quase uma cropped (sim... a irmã é quase 15 centímetros mais alta que sua irmã) só para fazer os
caprichos de sua irmã.
Amor demais!
sábado, 29 de novembro de 2014
quarta-feira, 12 de novembro de 2014
Bodas de Algodão
A casa branca, o banco ao redor da árvore convidando a se sentar e descansar. No seu ombro, pode Amor?
A bruma criando um véu entre a paisagem e com quem está nela. Decifra-me, Amor!
A cidade ao longe e o ar úmido da manhã de outono.
Os dois corações (ou os quatro naquele momento) no final da ponte. Cada coisa em seu devido lugar como em um cenário de um artista meticuloso tentando chegar à perfeição.
A bruma criando um véu entre a paisagem e com quem está nela. Decifra-me, Amor!
A cidade ao longe e o ar úmido da manhã de outono.
Os dois corações (ou os quatro naquele momento) no final da ponte. Cada coisa em seu devido lugar como em um cenário de um artista meticuloso tentando chegar à perfeição.
Casais de mãos dadas, abraçados, sussurros
aos ouvidos e declarações daquele amor que a gente pensa que
existe só em livros. Ou em contos. Ou nas mãos de quem está escrevendo isto.
“Sei um pouco mais de você hoje do que eu sabia há
um ano atrás. Te amo um ano mais do que te amava um ano atrás. Do que há 8 anos
atrás.”
“Bom que a alma não reconhece distâncias.”
“Obrigado(a) por escolher ficar comigo, mesmo podendo
escolher qualquer outra pessoa (não uma pessoa qualquer) no mundo.”
Talvez seja isso o que eles estejam dizendo.
Particularmente, se me perguntam se é muito amor,
respondo que é quase palpável de tão grande e intenso. Igual à felicidade.
Bonito mesmo é quando a vida resolve ser a vida que a
gente espera e tudo vem do jeitinho e
maneira que a gente sempre sonhou. Às vezes, ela (a vida) se supera e nos manda
o maior presente de todos. Nossa eterna inspiração.
Foto: Arquivo Pessoal
Autora: Polly Scheibi
quinta-feira, 23 de outubro de 2014
Fantasmas e a felicidade
Durante muito tempo fui povoada
de fantasmas dentro de mim que mantinham certa cumplicidade comigo. Eu aceitava
que eles ficassem. Eles me deixavam escrever sobre eles. Geralmente eram coisas
tristes. A tristeza triste de estar vivo e não viver. É disso que são feitos
estes fantasmas.
Já faz um tempinho que resolvi
que era hora de viver sem eles. Óbvio que eles não gostaram da minha decisão e
resolveram chamar minha atenção com a intenção de ficar mais um pouco mais (ou
para sempre) e o fizeram de maneiras não tão amistosas. Dor de cabeça, dores
nos ombros, irritabilidade... entre outras coisas. Não, não estava com um Exu
no corpo. Estes fantasmas eram só decisões que foram postergadas por muito
tempo. Tempo suficiente a ponto de me fazerem acreditar que era parte de mim. Ou
eu deles.
Pouco a pouco eles se calam. Com um pouco de esforço. Nada
tão desgastante.
Descobri que a paz e a alegria de viver é um treino diário.
É um conjunto de pequenas decisões que precisam ser tomadas e aceitar as pequenas
consequências de suas decisões/escolhas.
Nem sempre as coisas são da maneira que a gente quer. Quase
nunca, na verdade.
Mas, acima de tudo, esse treino é escolher ser feliz. Hoje.
De novo. Amanhã. E não precisa ser aquela ditadura de redes sociais onde há
obrigação de ser a pessoa mais feliz do mundo. Pode ser só um “felizinho”.
Nenhum fantasma ou decisão não tomada gosta de gente determinada que escolhe ser feliz.
Paint: Angela Moulton
segunda-feira, 20 de outubro de 2014
De onde fui
Eram quase três da tarde quando
finalmente chegou à casa de madrinha. Cidade pequena e era feriado. Quase
ninguém nas ruas e um silêncio que chegava a incomodar. Até os velhinhos na
praça, sentados no banco embaixo da árvore, não faziam questão de jogos ou prosas.
Simplesmente existiam ali, como só fizessem parte de um cenário que existisse
desde sempre. “Parece que o tempo aqui é diferente.”
Sara desceu do carro segurando o
vestido que o vento insistia em levantar. Era setembro mês de céu limpo, sol
forte e vento frio. Sentiu um leve arrepio percorrer o seu corpo. Olhou ao
redor e não pensava em nada além do vazio dentro de si. Nenhuma saudade,
nenhuma culpa, nenhuma vontade de ir ou ficar, nenhuma tristeza e nem alegria,
nenhuma dúvida ou certeza. Talvez seja isso o que chamam de paz. Ausência de sentimentos. Pensou que assim
pudesse fazer parte deste cenário. “Não! Nasci aqui, mas sou de lá.”
Fechou o carro e foi em direção à
entrada da casa. As janelas abertas indicavam que havia gente lá dentro."Mesmo
aqui não deixariam tudo aberto para r a algum lugar”. Abriu o portão que rangeu
reclamando dos muitos anos das ações do tempo. “É, amigo. Ele é implacável com
coisas ou pessoas.” E riu dele e de si mesma consolando o portão.
O caminho entre o portão e a entrada
da casa não era mais que dez passos. O quintal rodeado de roseiras estava cheio
de suas flores. O perfume não era tão acentuado, mas o baile multicolorido
enchia os olhos e a alma de alegria. “Algumas coisas e pessoas não deveriam
acabar.”, pensou.
Chamou na entrada da porta da
sala, mas ninguém a atendeu. Percebeu vozes e risadas vindas da parte detrás da
casa e seguiu o corredor entre o muro até a cozinha. Sentiu o cheiro gostos de
café feito na hora. Viu sua madrinha, sua tia e duas primas sentadas ao redor
da mesa de madeira grande. “Ela ainda
usa forros de chitão nas mesas.” Ficou parada alguns segundos antes de
perceberem sua presença ali na soleira da porta.
- Sara! – Gritou Ana, a prima
adolescente da sua tia Sara. Aliás, nunca entendeu bem a falta de criatividade
dos pais em dar a ela o mesmo nome da irmã mais nova de sua mãe. Contam que
quando ela nasceu, todos que a viram disseram que ela se parecia à sua tia. Mas,
era realmente necessário colocar o mesmo nome? Deixe estar.
- Oi pessoal!
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