Do tempo
Às vezes
sentamos e olhamos ele passar por nós de braços dados com a vida.
Às vezes
imploramos para ele parar um pouco. Uns minutinhos. Algumas horas. Bater um
papo, esquecer das atribulações. Mas, ele nunca se detém. Moço tinhoso. Cabeça
dura. O que mais lhe importa é ele mesmo. A nós, nos resta sorrir ou chorar.
E às
vezes o perdemos de vista. Mas, ele sempre nos encontra.
Às vezes
ele nos cerca de todos os lados, nos aperta e nos faz sentir sem espaço, sem
saída e sem chão.
Às vezes,
muito raras vezes, andamos lado a lado. Num acordo de coexistência.
Até o
momento em que ele para definitivamente, mostrando-nos até deveríamos chegar.
Nos despedimos dele.
A gente
fica. Ele segue seu caminho.
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