quinta-feira, 31 de outubro de 2019

terça-feira, 22 de outubro de 2019

Horário de Verão




Domingo passado seria dia de adiantar o relógio em uma hora por causa do horário de verão, mas, foi cancelado pelo nosso atual Presidente e, portanto, não precisou ser feito. 

Mas, algumas empresas de telefonia não se atentaram a isso.  

Acordei domingo e olhei as horas no celular e marcava 7h15. 

Pensei: Ok! Está cedo e vou dormir um pouco mais. 

Virei para o canto e dormi. Quando acordei e fui olhar as horas novamente, eram 7h10.

Pronto... Que "poha" é essa?

Coração acelerou, demorei milésimos de segundos para me dar conta que - de alguma maneira - voltei no tempo; Me imaginei levantando da cama e olhando para o meu corpo que tinha ficado lá; Morri; Apalpei todos os membros do meu corpo para ter certeza de que estava acordada; Respirei fundo; Tentei manter a calma; Conferi o relógio e... 7h10.

Não. Não estava errado. 

Gente! Como é isso? 

Tranquilamente - na medida do possível - , levantei, fui tomar café, troquei de roupa e antes de sair para fazer caminhada, fui dar uma olhada nas redes sociais e BUM! Muitas pessoas perguntando as horas, reclamando que o alarme do celular tocou mais cedo, que algumas operadoras demoraram para fazer a atualização no sistema e os celular foram atualizados para o horário de verão e depois voltaram ao horário "normal". Meu caso. 

Capricorniano é phoda, né?! Conferi as horas no Google para ter certeza que estava correto.

Tudo certinho. Crise existencial resolvida e pude voltar a viver intensamente como se houvesse amanhã.

 


sexta-feira, 18 de outubro de 2019

Meritocracia





Todos temos a mesma oportunidade na vida.

É saber aproveitá-las. Preparar-se para quando elas chegarem.

Bem assim não...

Ontem eu aproveitei o horário de almoço para fazer as unhas no salão ao lado de onde trabalho. 

Sentada ao meu lado, fazendo as unhas da mão, uma jovem loira, cabelo maravilhoso, pele maravilhosa, que aparentava ter nem 21 anos estava ao celular (IPhone) pesquisando pousadas na Serra do Cipó para ir neste fim de semana. Estava vestida de roupa de academia em plena quinta-feira, ao meio dia.

Enquanto estávamos lá, passou um morador de rua bem conhecido nosso aqui na região pedindo UM REAL. Se alguém pudesse ajudá-lo, ele carecia desta ajuda. 

Algumas pessoas lhe deram uma moeda, ele agradeceu muito e seguiu seu caminho. 

Aqui é onde a coisa começa a ficar interessante. Ou não.

A menina que mencionei no início do texto, a que estava ao meu lado, não deu moeda nenhuma para ele e começou a questionar às meninas que deram:

- Por quê vocês deram dinheiro para ele?

Uma delas, sem obrigação nenhuma, mas muito educadamente, respondeu:

- Sempre que ele passa por aqui a gente o ajuda. A gente sempre o vê por aqui, mas, não é sempre que ele pede dinheiro.

A loirinha podia ter se dado por satisfeita com a resposta, mas, não.

- Que absurdo! Que absurdo vocês darem dinheiro para ele. Eu dou uma fruta, um sanduíche ou um biscoito que eu tiver na bolsa. Dinheiro NUNCA! 

E para piorar, ela completou:

- Ele que vá trabalhar para ter o dinheiro dele!

Silêncio sepulcral no salão. 

O cérebro de todas ali meio que travou tentando entender como é que uma mocinha de zona sul, com pele e cabelos maravilhosos, roupa de academia ao meio dia, IPhone na mão, que provavelmente estudou em colégios particulares, que está com carro do ano e provavelmente também nunca trabalhou na vida consegue falar para um preto, pobre, que nunca teve estudos e morador de rua que o que ele precisa é ARRUMAR UM EMPREGO.  


Existe analfabetismo de letras e leitura. Mas, existe também o analfabetismo social. 

É aquela pessoa que não tem a mínima ideia do que acontece ao redor dela no âmbito social. 

E geralmente isso acontece com quem poderia fazer muito para mudar esta realidade.


quinta-feira, 17 de outubro de 2019

Me Gusta Cuando Callas


Me gustas cuando callas porque estás como ausente,
y me oyes desde lejos, y mi voz no te toca.
Parece que los ojos se te hubieran volado
y parece que un beso te cerrara la boca.

Como todas las cosas están llenas de mi alma
emerges de las cosas, llena del alma mía.
Mariposa de sueño, te pareces a mi alma,
y te pareces a la palabra melancolía.
Me gustas cuando callas y estás como distante.
Y estás como quejándote, mariposa en arrullo.
Y me oyes desde lejos, y mi voz no te alcanza:
déjame que me calle con el silencio tuyo.
Déjame que te hable también con tu silencio
claro como una lámpara, simple como un anillo.
Eres como la noche, callada y constelada.
Tu silencio es de estrella, tan lejano y sencillo.
Me gustas cuando callas porque estás como ausente.
Distante y dolorosa como si hubieras muerto.
Una palabra entonces, una sonrisa bastan.
Y estoy alegre, alegre de que no sea cierto.

Pablo Neruda

segunda-feira, 14 de outubro de 2019

Seja


A gente volta. (re)Volta. Se volta. 


A gente planeja e dá errado. 


A gente vai lá e faz sem nem pensar bem nisso e dá certo. De um jeito meio sem jeito, mas dá certo. 


A gente chega cedo (ou tarde) demais nas vidas de algumas pessoas.


A gente tem conceitos arraigados e a gente muda de opinião.


A gente vai com medo, vai com fé e às vezes a gente não vai. 


A gente sonha acordada e às vezes a gente vive um sonho. 


A gente escreve chorando e algumas vezes a gente lê sorrindo. 


A gente quer um monte de coisas e a gente quer ser muitas outras, mas não conseguimos metade nem de uma e nem de outra. 


E está tudo bem!


Gratidão é boa sempre! 


Recorrer à fé como uma ajudinha faz parte!



A vida não vem com manual de instruções.

Como um pássaro preso à uma gaiola para cantar, que a minha prisão jamais seja por ter me calado. 



(Pintassilgo)



Seja! Assim, no imperativo mesmo. 



quinta-feira, 10 de outubro de 2019

Regressar É Reunir Dois Lados


Mais de vinte anos se passaram desde a última vez que estive neste lugar. 


Há meses que ando sentindo esta necessidade de “voltar”. 

Quando as coisas andam meio bagunçadas dentro da gente, temos uma tendência em regressar a lugares que SEMPRE nos deram paz. Talvez por necessidade de um respiro longo no meio do caos e de um porto firme no meio do furação. 


Tanta coisa acontecendo ao mesmo tempo. Nós desfeitos – eu e ele – e (en)laços logo ali.


Sempre fui muito feliz aqui. SEMPRE. Até a tristeza sorria.


O cheiro de terra é diferente aqui. Terra e suor.


O queijo dali é a memória gustativa da infância. 


As caminhadas pela manhã e tarde pelos caminhos irregulares e cheios de curva. O sobe e desce da Serra. Anda, menina! Não pare! Era só uma preparação para o que estava por vir.


Há coisas que devem ficar nas memórias. 


Há coisas que não devem ser vividas de novo. 


Há coisas novas por vir. 


Tudo tem seu tempo. Clichê! 


Aqui o tempo não se foi. 





 "Afinal, há é que ter paciência, dar tempo ao tempo, já devíamos ter aprendido, e de uma vez para sempre, que o destino tem de fazer muitos rodeios para chegar a qualquer parte."



Eu já...

... corri de boi bravo. ... fui embora querendo ficar. ... deixei de fazer coisas por medo de perigo que só existia na minha cabeça. ... vol...